Exposição “Cada Vez Mais Perto” exibe obras de quatro artistas gratuitamente em diferentes espaços do centro de Curitiba

6 de junho de 2018

Com duração de um mês e entrada gratuita, uma das propostas é acessibilizar a arte ao grande público, levando-a para fora dos museus e galerias. 

De 09 de junho a 07 de julho, alguns pontos do centro de Curitiba serão tomados por performances e intervenções artísticas de quatro renomados artistas brasileiros: Cleverson Luiz Salvaro, Fernando Ribeiro, Willian Santos e Tony Camargo. Distanciando-se dos protocolos e formalidades de espaços tradicionais da arte, como museus e galerias, e inserindo-se em espaços urbanos comuns, em sua maioria espaços públicos, os artistas participantes da exposição Cada Vez Mais Perto exibirão seus trabalhos em contato direto com as pessoas que passam por lugares como a Praça Santos Andrade, Rua XV de Novembro, Praça Tiradentes, Rua São Francisco, entre outros.

A exposição, totalmente gratuita e aberta a todos os públicos, foi concebida a partir de discussões sobre o uso do espaço público e sobre a acessibilidade (ou, muitas vezes, inacessibilidade) dos museus e espaços dedicados às artes. Segundo pesquisa sobre frequência de práticas culturais da população brasileira de 2013 promovida pelo IPEA, menos de 15% dos brasileiros afirmam frequentar museus e centros culturais.

Com curadoria de Ana Rocha, a proposta de Cada Vez Mais Perto é inverter os processos: levar a arte naturalmente destinada aos museus para a rua, ao invés de chamar o público a estes espaços formais da arte. Dessa forma, a ideia é que os quatro artistas produzam seus trabalhos buscando o envolvimento com as pessoas nos locais onde estarão presentes; integrar a arte aos espaços urbanos do centro de Curitiba.

De acordo com a curadoria, o elemento que une todos os trabalhos é o desejo de criar um espaço de discernimento crítico e experiências que não são limitadas ao universo da arte, mas que de diversas maneiras podem ser relacionadas às questões sociais, filosóficas, políticas. “A experiência – e, provavelmente, o confronto – com os trabalhos não são de forma alguma compulsórios; ninguém está obrigado a entender, julgar e ou mesmo notá-los”, pontua Ana Rocha. 

Ações Educativas 

Cada Vez Mais Perto possui uma singularidade em relação a outras exposições de arte. Antes de tornarem-se arte, os trabalhos dos quatro artistas abrem-se como acontecimentos, ações de intervenção dentro do cotidiano que podem potencializar, ou não a criação de públicos heterogêneos. Diante disso, durante o período expositivo, o grupo do educativo promoverá diversas ações de mediações específicas desenvolvidas junto a um processo de pesquisa cartográfica que pensará o espectador em formação no seu contexto, um processo de escuta e percepção que envolverá os mediadores, os artistas, transeuntes, moradores e alunos das escolas da região.

Sobre os artistas e as obras 

Fernando Ribeiro

Distentio Anime, 2018 

Inspirado na Aporia do Tempo de Santo Agostinho, Fernando Ribeiro desenvolve a performance de longa duração Distentio Anime, ocupando um dos antigos cinemas de rua de Curitiba, o Cine Condor. Tendo iniciado a performance na Vila Itororó, São Paulo, em maio de 2018, o artista passa os dias a produzir tijolos de gesso para a criação de um labirinto pelo espaço da galeria Condor. A ação e a presença do artista buscam conectar passado, presente e futuro.

Rua Ébano Pereira 196 – Galeria Condor

De 9 de junho a 7 de julho

De terça a sexta, das 14 às 18h

Sábados, das 10 às 16h

Willian Santos

Panthalassa, 2018 

A instalação Panthalassa faz referência ao antigo oceano que circundava o supercontinente Pangea. A ocupação do apartamento cria um ambiente que convida o visitante a mergulhar numa atmosfera introspectiva; a obra ofereçe um tempo de reflexão e reposição de energias em meio à correria do dia a dia. As pinturas, os móveis e os objetos que compõem a instalação se somam na intensão de revelar como algo intangível é sentido fisicamente.

Praça Tiradentes, 250

9 de junho a 7 de julho

De terça a sábado, das 14 às 20h

Tony Camargo

Arte é Deus falando: conosco (Ação Rotatória), 2018 

A obra usa a repetição como estratégia de estranhamento, colocando o espectador em estado de dúvida, desconfiança a respeito da natureza da ação. No trabalho, atores usam um uniforme — calça vermelha, camisa da seleção brasileira, boné e óculos –, carregam consigo uma placa que sinaliza uma rotatória e caminham por um trajeto circular, repetindo um mesmo movimento. Então, preste atenção, pois você pode se deparar com eles várias vezes ao dia.

Trajetos A e B (no mapa da exposição)

De 9 de junho a 7 de julho

De quarta a sexta, das 15 às 19h

Sábados, das 10 às 14h

  1. L. Salvaro

Especulação, 2018 

A instalação é, antes de qualquer coisa, uma especulação do fazer artístico, do espaço da arte e das relações entre a arte e o espaço urbano. C.L. Salvaro ocupa uma casa ociosa no centro de Curitiba e nela não instala uma obra de arte; antes, suas ações na casa especulam sobre o passado e presente da casa, assim como evidenciam a lógica do sistema de ocupação do espaço urbano.

Rua Duque de Caxias, 477

De 9 de junho a 7 de julho

De terça a sábado, das 14 às 20h

 

Serviço

Cada Vez Mais Perto

9 de Junho a 7 de Julho 2018

Entrada franca

Fechado aos domingos e às segundas

Visitas guiadas ou solicitações de mediação individual ou coletiva podem ser agendadas pelo e-mail cadavezmaisperto@anarocha.art.br

facebook: https://www.facebook.com/anarochaespacodearte/

instagram: @cadavezmaisperto.expo

site: www.anarocha.art.br/cada-vez-mais-perto 

Projeto realizado com apoio do programa de incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura de Curitiba.


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